quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Poesia, música e emoção em Cedro de São João


                                                   José Jussiêr Ferreira*

A cidade de Cedro de São João, na noite do dia 10 de agosto, foi cenário de vívidas atividades intelectuais e culturais. Lá se encontraram amantes das artes, da música e do conhecimento. Isto tudo proporcionado pelo lançamento do livro Coletânea dos Meus Versos de Antônio Pedro Caldas, conhecido por Tonho Coca.
Quem por lá estava, desfrutou de incomensuráveis emoções. A quadra de esportes daquela cidade foi delicadamente, decorada para testemunhar as emoções que se tinham por vir. A família do seu Antônio Pedro Caldas preparou surpresas inimagináveis.
Uma breve biografia foi relatada a cerca do personagem principal, Tonho Coca. Homem simples, trabalhador, a frente do seu tempo, visionário, ativista político e, sobretudo, dono de uma inteligência digna de se admirar. Seus escritos, versos de um cordel, fluem igual ao desenrolar de um novelo singelo, como a vida pacata, ordeira da cidade onde nascera e mora. Porém, refletindo as angustias, dores, mágoas, ressentimentos, alegrias da terra, da lida e da vida que se tem naquele regaço.
Estas lembranças, vicissitudes transformadas em um livro, pelos seus familiares e apresentadas a todos que ali se faziam presentes, revelam a sensibilidade, a perspicácia, o olhar atento, arguto do autor para as coisas da sua cidade e do seu tempo.
Momento emocionante, quando ele próprio, Tonho Coca, recitou seus versos. Aos 82 anos de idade, sem a necessidade de ler uma só linha do que fora escrito por ele mesmo.  As palmas não foram poucas, a admiração e o entusiasmo da plateia foram maiores ainda. Bem humorado, mente arguta, declamava, gestuava, dramatizada seus versos, como se fosse menino e, mesmo distante, podia-se ver seus olhos brilharem. Parecia que óculos não lhe faziam falta.
Versos e cantorias demonstraram ser um par perfeito. Uma boa combinação. Com repertório irretocável, apresentaram-se no palco brilhantemente para a alegria de todos, Wilson Aragão, Giló, Banda Casaca de Couro e Jorge, interpretando maravilhosamente bem e, emocionado, Coração Materno, de Vicente Celestino.
Wilson Aragão, parceiro do saudoso Raul Seixas, voz calma, tom baixo, quando fala já parece cantar. Interpretou diversas músicas do cancioneiro popular e é claro, Capim Guiné, de própria autoria, gravada por Raul Seixas e levou a plateia ao delírio, além dos causos que ele contou.
Giló, com seu estilo irreverente, exímio violonista, excelente cantador, faz o que quer com a voz maravilhosa que Deus lhe deu, nos presenteou com clássicos do nosso mestre Luiz Gonzaga e outros bons nomes da nossa boa música nordestina.
Casaca de Couro, considerada a melhor banda de forró pé de serra do Estado de Sergipe e além-fronteiras, trouxe um repertório com o melhor da nossa música nordestina, relembrando as nossas iluminadas noites de São João. Casais dançavam alegremente e até improvisou-se uma quadrilha junina liderada pela neta do seu Tonho Coca, principal personagem da festa.
Assim, foi aquela noite, em Cedro de São João. Um presente para todos os amantes da arte, da música e da poesia. Momentos que jamais se apagarão da mente de todos que, naquela cidade, se fizeram presentes e, sobretudo, da memória do seu Antônio Pedro Caldas, o Tonho Coca, homenageado, com toda justiça e merecimento, brilhante poeta. Sergipano de grande valor.

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*Licenciado em História pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Professor da Rede Estadual de Ensino. Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior pela Faculdade São Luís de França (FSLF). Especialista em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça / GPP-GeR pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Membro do CCP (Centro de Cultura de Propriá).

terça-feira, 2 de julho de 2013

Cinco dicas para melhorar o aprendizado online



Professores, pais, escola e alunos devem considerar alguns fatores para o aprendizado online e uso das mídias em sala de aula. Confira cinco dicas.
O uso da internet nas escolas já é muito popular. A novidade atualmente são os aparelhos móveis como tablets, smartphoneslivros digitais e outras mídias disponíveis para o uso dentro e fora das salas de aulas. Educadores e alunos que desejam utilizar essas ferramentas devem se lembrar de que o foco não são os aparelhos e sim os conteúdos. Independente da metodologia e regras utilizadas, objetivo de professores e estudantes deve ser o mesmo.
Confira cinco dicas para o aprendizado online e o uso das mídias para o ensino:

1.     Visão em comum
Sem uma visão em comum cada professor e aluno terá objetivos e maneiras diferentes de usar esses recursos. As escolas devem estabelecer padrões e desenvolver uma visão em comum daquilo que é esperado com o uso das mídias. Estabelecer metas é essencial para que o aprendizado online não seja um desperdício.

2.     Diretrizes
Muitas escolas possuem regras que não contribuem para o aprendizado online. Essas normas devem modelar e dirigir o uso das mídias, garantindo o melhor aproveitamento possível dos estudantes e da própria escola. Além disso, professores devem ser respeitados para que as mídias sejam ferramentas e não distrações em sala de aula.

3.     Facilidade e eficiência
A iniciativa de aprendizado online deve ser feita de maneira fácil e eficaz, para que os estudantes e professores tenham fácil acesso a essas ferramentas. Conteúdos, softwares, envio, compartilhamento e interação devem ser feitos de maneira descomplicada e rápida, sem comprometer o rendimento dos alunos.

4.     Infraestrutura
Os estudantes usam mais de um aparelho – celulares, tablets, etc. Por conta disso, é importante que a escola disponibilize conexão de qualidade e que suporte todas essas exigências.

5.     Acesso livre
Identificar maneiras para que os estudantes aprendam fora das salas de aula não deve se restringir ao uso das mídias dentro da escola. Conexão sem fio deve estar disponível em todo o terreno da escola ou faculdade, para possibilitar maior aproveitamento dos recursos online. Além disso, o uso constante dessas ferramentas irá capacitá-los para exigências do mercado de trabalho.
Aproveite!


[Fonte: site Canal do Ensino]

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Museus de Sergipe: Aracaju - Canindé - Itabaiana - Laranjeiras - São Cristóvão



ARACAJU SE

Memorial da Advocacia Sergipana
Avenida Ivo do Prado, 1072. Bairro São José.
Tel.: (79) 3301 9100 e (79) 3302 7090

Memorial de Sergipe
Avenida Beira Mar, 626. Bairro 13 de Julho.
Tel.: (79) 3211 3579 e (79) 3211 1778

Memorial do Poder Judiciário de Sergipe
Palácio Silvio Romero. Praça Olímpio Campos, 417. Centro.
Tel.: (79) 3213 0771

Museu da Gente Sergipana
Avenida Ivo do Prado, 398. Centro.
Tel.: (79) 3218 1551

Museu do Homem Sergipano
Rua Estância, 228. Centro.
Tel.: (79) 3302 5840 e (79) 3201 5811

CANINDÉ DO SÃO FRANCISCO SE

Museu de Arqueologia de Xingó
Rodovia Canindé/Piranhas, Trevo da UHE Xingó, s/n.
Tel.: (79) 2105 6453 e (79) 2105 6448

ITABAIANA SE

Museu Artístico e Histórico Antônio Nogueira
Praça Fausto Cardoso, 50 (Antiga Atlética). Centro.
Tel.: (79) 3431 8406

LARANJEIRAS SE

Casa de Cultura João Ribeiro
Rua João Ribeiro, s/n.
Tel.: (79) 3281 1123 e (79) 3179 1916

Museu Afro Brasileiro de Sergipe
Rua José do Prado Franco, s/n.
Tel.: (79) 3281 2418 e (79) 3179 1916

Museu de Arte Sacra de Laranjeiras
Praça Heráclito Diniz Gonçalves, 39.
Tel.: (79) 3281 2486

SÃO CRISTÓVÃO SE

Museu Histórico de Sergipe
Praça São Francisco, s/n.
Tel.: (79) 3261 1435

Museu de Arte Sacra de São Cristóvão
Praça São Francisco, s/n.
Tel.: (79) 3261 1580


Fonte: 11ª Semana de Museus. Museus (Memória+Criatividade) = Mudança Social (Catálogo). IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus) www.museus.gov.br

domingo, 21 de abril de 2013

Quatro dicas para usar tecnologia em sala de aula




Normalmente, um aluno tem facilidade com certas matérias e dificuldade com outras. Por isso, use a tecnologia para chamar a atenção deles para assuntos que eles não gostam.
Os professores têm uma ferramenta mágica a disposição deles: a tecnologia. Todos sabemos que computadores fascinam os alunos. Portanto, está mais do que na hora de aliar esse instrumento ao ensino.
Portanto, professores, confiram 4 dicas para usar tecnologia nas salas de aula:

1. Vídeos
Mesmo que você só tenha disponível um computador e um projetor, você já pode fazer ótimo uso dele. Se você é professor de português, mostre aos alunos paródias, áudio livros, fotos, figuras de autores famosos. A Internet é algo incrível, com conteúdo interessante e, até, engraçado. Que tal mostrar um vídeo ou algumas fotos para descontrair o final da aula e fixar o conteúdo?

2. Conexão com os interesses dos alunos
Permita que os alunos se conectem com os interesses deles durante as aulas. O que eles gostam de ver, estudarconhecer? Deixe eles guiarem um pouco as aulas para que eles se sintam à vontade com você e com os seus ensinamentos. Depois, mostre a eles que eles também têm que aprender o necessário. Tente dosar um pouco mais as matérias. Não adianta ser rígido demais, porque, desta forma, os alunos perdem o engajamento. Saiba quais são os interesses dos alunos pela tecnologia e ache um ponto em comum entre a sua matéria e eles. Afinal, este é o seu papel: fazer conexões. Use a tecnologia para ajudar você nesta tarefa.

3. Tarefas online
Vamos usar a retórica da obviedade. Se o aluno está cada vez mais online e cada vez menos no “papel”, onde deveriam estar as tarefas dos alunos: na web ou na apostila? Você pode ter certeza que na internet. Os alunos acham mais fácil, estão mais acostumados com a tecnologia. Se eles estão sempre conectados, por que não trazer a lição de casa pro mundo deles?

4. Sites visuais e micro-blogs
Uma forma de engajar estudantes é por meio de fotos. Por exemplo, nas aulas de redação, deixe-os adicionar fotos nas composições deles. Como já explicado na dica 3, no caso das aulas de português, peça para um aluno fazer um blog e colocar os trabalhos de escrita deles lá. Deixe-os colocar hiperlinks, imagens, podcasts, etc. Alie o Twitter, o Google e o Facebook à educação também.
[Fonte: site Canal do Ensino]

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Propriá: palco de diversas manifestações culturais




José Jussiêr Ferreira*

Durante os dias 24 a 26 de janeiro de 2013, o Mirante da Orla Ribeirinha de Propriá foi palco das mais variadas manifestações populares. Por lá se apresentaram diversos grupos folclóricos da cidade ribeirinha de Propriá. Desde o Grupo Teatral "Os Encantados" do diretor Luiz Carlos, dos grupos de cangaceiros, “Lampião Rei do Cangaço” do Mestre Antônio Xerife, “Novos Lampiões” do Mestre Antônio José, pastorilPastoriá” da Mestra Soninha, Banda de Pífaro “Santo Antônio” do Mestre Edésio. Mostra de Fotografia e Literatura de Cordel. Grupos de capoeira, “Capoeira Acauã” do Mestre Rogério, “Capoeira Irmãos Unidos” do Mestre Carlinhos Curisco, Trupe Circense do Palhaço Pimpolho. Grupos musicais como “Anjos Inocentes”, Karranka, Black Boy, Fóckin fóckers, Lito, voz e violão e Gil Monte e Banda.
Somaram-se aos grupos da cidade ribeirinha, outros advindos de diversas cidades sergipanas como o Grupo Chegança “Almirante Barroso”, do Mestre Francisco da cidade de Laranjeiras, o Samba de coco “Nossa Senhora do Desterro” da Mestra Maria do Carmo de Japoatã,
o Maracatu “Raízes do Quilombo” da Mestra Izaltina de Brejão dos Negros de Brejo Grande,Dança de São Gonçalo” do Mestre Sales do Pov. Mussuca de Laranjeiras. Afoxé Resgate “Identidade Quilombola” do Mestre Xifoneze, do Pov. Caraíbas de Canhoba, “Samba de Pareia” da Mestra Marizete do Pov. Mussuca, Laranjeiras, “Reisado Mirim” de Brejo Grande do Mestre Pirrita de Brejo Grande, Reisado “Prima com Prima” da Mestra Dona Lau de Japoatã. Julina Lima, "boiadeira", de Brejo Grande, “Guerreiros Treme-Terra” da Mestra Dona Rosa de Japoatã, Quilombatuque Dance Ayé “Dança Afro” do Mestre Magno de Brejão dos Negros de Brejo Grande. “Reisado de Ladeiras” da Mestra Dona Vavá do Pov. Ladeiras de Japoatã. Grupo Axé Afro Pisada do Quilombo “Dança de Candomblé” do Mestre Pirrita de Brejo Grande.

Beleza de se ver, no final da tarde do sábado, foi o cortejo destes vinte e quatro grupos, pelas ruas da cidade. Todos a pé com seus sons e coreografias. Saindo próximo ao Fórum, em direção ao Mirante da Orla Ribeirinha, onde se daria o momento apoteótico. Pessoas saiam de suas casas em direção as calçadas e ruas da cidade, para ver, admirados, aquela enorme Serpente colorida se contorcendo, com seus variados ruídos, sons e batuques, pelas avenidas e ruas da cidade.
Chegando ao Mirante, os diversos e variados grupos, com suas temáticas diferenciadas, porém, representantes da legitima cultura popular, se apresentaram, para o deleite de todos que ali estavam presentes aguardando e outros que acompanharam o cortejo, desde o seu início. Foram momentos de êxtase e admiração, que ficarão na memória de todos que ali estavam.
Domingo pela manhã, por volta das dez horas, houve a tradicional corrida de canoas e barcos a vela, que saiu de Porto Real do Colégio, no nosso Estado fronteiriço de Alagoas, cidade defronte a Propriá, em direção a nossa cidade ribeirinha. A esta altura o Mirante da Orla Ribeirinha, o cais, e a rua da frente, desde a Avenida Quintino Bocaiúva até a Nilo Peçanha, estavam tomadas por grande número de transeuntes. Pessoas das mais variadas procedências e lugares. Filhos desta terra que moram e trabalham em outras cidades e Estados e que aproveitam o final e início do ano para retornar a terra natal para rever parentes e amigos, e outros. Turistas encantados com a nossa beleza natural, o nosso “Velho Chico”, e que por saberem da belíssima festa que aqui se faz, destinaram-se a cidade ribeirinha.
Às quatro da tarde iniciou-se a procissão fluvial do Bom Jesus dos Navegantes. Saindo da Igreja Matriz, passando ao lado do Mirante, indo em direção ao estuário do Rio São Francisco, entre os antigos e tradicionais bares de Propriá, O Mangaba e O Beira rio. A procissão fluvial do Bom Jesus dos Navegantes emociona a todos que estão presentes. Ouve-se o estalar do foguetório vindo de todos os mastros, em saudação ao Glorioso Bom Jesus dos Navegantes. Findo o cortejo, a procissão segue em direção a Igreja Matriz, onde foi celebrada missa campal, passando ao lado do Mirante da Orla Ribeirinha.
Assim, o Mirante da Orla Ribeirinha de Propriá, foi palco das mais diversas manifestações culturais. Apresentaram-se ali grupos folclóricos de Propriá e de outras cidades, bandas de rock e de rap, exposição fotográfica, literatura de cordel e teatro. O Mirante da Orla Ribeirinha de Propriá parecia ser uma verdadeira “Democracia Cultural”.
Espera-se que para o Encontro Cultural do próximo ano, a administração local, disponibilize um palco, som e iluminação adequados, dignos e a altura dos grupos folclóricos que ali, com toda a alegria, maravilhosamente se apresentaram. Neste sentido, vale a pena ressaltar o empenho, dedicação e esforço incansável da equipe do “Departamento de Cultura” comandada pelo “Mestre” José Alberto Amorim.

(*)Licenciado em História pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), Professor da Rede Estadual de Ensino, Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior pela Faculdade São Luís de França (FSLF), Pós-graduando em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça / GPP-GeR pela Universidade Federal de Sergipe (UFS).